112 – O serviço não se encontra atribuído

16-12-2018 Helicóptero localizado: quatro vítimas mortais a lamentar

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) informa que foi localizado, cerca das 01h30m, o helicóptero de emergência médica que se encontrava desaparecido. A aeronave em questão foi localizada na Serra de Santa Justa, concelho de Valongo, havendo a lamentar a ocorrência de quatro vítimas mortais. Fonte INEM

Quando no domingo de manhã, comecei a ouvir os primeiros relatos sobre este acidente, uma crescente teoria da conspiração se levantou conforme surgiam mais informações: que Pedrógão Grande se tinha repetido…

Mas o quê que Pedrógão Grande tem a ver com uma queda de um Helicóptero do Inem?
– É o que vou tentar explicar a seguir, com factos públicos já apurados e suposições pessoais de opinião e dedução lógica.

Será mais uma constatação que o Socorro em Portugal não é de fiar.
Que estamos entregues a nós mesmos e é o “salve-se quem puder”.

O Socorro NÃO FUNCIONA – considerando que um serviço de emergência funcionar mal ou aleatoriamente, é o mesmo que não funcionar. – Alguém compraria um extintor se soubesse que só funcionará, como é expectável, “às vezes”? Óbvio que não.
E se dizem que o serviço de emergência funciona e mostram dados que funciona, então os dados estão preparados de forma a que não sejam atribuídas responsabilidades pela inoperância verificada em situações reais.

É uma sorte sermos imediatamente atendidos quando ligamos para o 112, como vem sido denunciado por civis ao longo dos últimos tempos

Só mesmo a sorte é garantia de um socorro a tempo.

Meios logísticos, esses, há-os ao pontapé, carros, carrinhas, motas, jipes, camiões, autocarros, viaturas de comando, viaturas de comunicações e meios aéreos igualmente de todo o tipo e feitio – grande parte dos meios terrestres, com menos de 20 anos, não vá aparecer alguma homologação obrigatória ou certificação que os proíba “serem velhos”, ou se é mesmo necessário os renovar, ignorando que isso, na hora do socorro, é o que menos importa.

Meios humanos, bem… Não quero ser crucificado. Vou apenas dizer que não diferem muito dos outros meios.

O cruel destino levou a que fossem os próprios socorristas do INEM a provar deste veneno apurado pelos vários Ministérios da Administração Interna dos governos das últimas décadas. Veneno que as gentes do centro e sul, ficaram muito bem a conhecer e que ainda aguardam, pacientemente e na sua miséria humana, um julgamento qualquer para condenar um desgraçado que estava no local errado, ou quiçá, como sucedeu em Entre-Os-Rios, arquivar ou não condenar ninguém.

E para piorar a crueldade feita aos socorristas, as suas hierarquias, aquelas com quem deviam poder confiar no pior momento possível, não perderam tempo para começar a passar culpas entre departamentos, acusações, mentiras, e, por fim, silêncio supremo ordenado pelo Exmo. Sr. Ministro da Administração Interna.

O acidente seria difícil de evitar, após a decisão da altura de voo e destino. Mas o socorro não poderia ter falhado. Conhecendo o comportamento dos meios coordenados pela ANPC, que nos tem revoltado desde Pedrógão Grande em 2017 (serem encontrados parados a aguardar ordens), pode-se teorizar que aguardaram ordens para iniciar a busca, até à recepção das coordenadas do radio SIRESP na aeronave, por SMS no telemóvel do Comandante Distrital da ANPC.

Nem consigo imaginar a dimensão do caos se (bate na madeira), fosse um avião comercial de transporte de passageiros, com mais de 200, numa zona mais remota do pais (para quem não souber, isto aconteceu a 10km do Porto, e a 2 de Valongo, local rodeado por localidades a 2-3km), e mais de 4 Corpos de Bombeiros a menos de 20km (3 a menos de 15).

É só isto. Tenham muito cuidado.

Sábado, 15 Dezembro de 2018

15:13 /// Helicoptero do INEM descola da base do Inem em Macedo de Cavaleiros, para um voo de transporte de uma doente grave, de 76 anos, com problemas cardíacos até ao Hospital de Santo António

18:10 /// Registo de entrada no Hospital da paciente.

18:30 /// Segundo a NAV, a tripulação contactou com a Torre de Controlo do Porto, para informar que iria descolar para Macedo de Cavaleiros via Baltar dentro de 5/6 minutos, informando ainda que se não conseguisse aterrar em Baltar, poderia prosseguir para o Porto.”

  • Factos a reter:
    • A meteorologia estavam adversas (chuva, vento).
    • Por-do-Sol a 15 Dezembro 2018 = 17:16
    • Distância Hospital do Porto – Baltar: +/- 20km.
    • Distância Baltar-Macedo de Cavaleiros (base): +/- 135km
    • Aeronave AugustaWestland 109S (modelo activo desde 1976)
      • Velocidade cruzeiro: 189km/h (em condições ideais)

18:37 /// Segundo noticia do Expresso, “A tripulação contactou, pela primeira vez, a Torre de Controlo do Porto, já em voo”

18h39 /// Foi contactada às pela Torre de Controlo, que pretendia saber qual a altitude que pretendia manter, tendo a tripulação informado que iria manter 1.500 pés. Este foi o último contacto com a tripulação.

  • Factos a reter:
    • Nível de Voo 1500 pés: 457 metros de altitude
    • Serra de Santa Justa: 374 metros
    • Igreja de Santa Justa: 340 metros
    • Edifícios logísticos das antenas rádio: 360m (antenas >50metros)
  • Suposição:
    • Piloto decidiu usar um nível de voo de 1500 pés, apenas +/-100metros acima da Serra de Santa Justa, e apenas algumas dezenas acima das antenas de rádio por:
      • lapso, distração, habito de “voar aquela altura ali”
      • falta de detalhes no mapa/GPS
      • poupar combustível na eventualidade de ter de regressar ao Porto.

18:55 /// Segundo a NAV: “A primeira perda de sinal radar com o helicóptero deu-se às 18:55, salientando ainda que a perda de comunicações “é normal”, devido “à altitude e orografia do terreno”. Fonte

18:57 /// Segundo o Publico: “devido a chamadas de cidadãos para a central do 112 dando conta de um estrondo e de um clarão, vários elementos da GNR e da PSP deslocaram-se para perto da zona de Valongo onde caiu o aparelho.”

19:14 /// Contactada pelo Posto de Comando e Controlo, a PSP, responde-lhe que aquela é a área da GNR e informa a Guarda as 19h14. Ainda assim, garante fonte policial ao Observador, a PSP mandou então para o local duas equipas de Intervenção Rápida. Fonte

19:24 /// O Comando da GNR enviou uma patrulha às 19h24. Chegaram ao destino cerca de dez minutos depois.

19:20 /// Segundo o Publico: Às 19h20, a patrulha da PSP de Valongo recebeu a indicação para se deslocar à Serra de Santa Justa. A comunicação foi recebida igualmente por uma Equipa de Intervenção Rápida da Divisão da Maia, que também decidiu deslocar-se a Valongo. Antes já uma patrulha da GNR do Campo tinha sido igualmente enviada para uma outra zona próxima, dentro da sua área de actuação.
As duas equipas da PSP não encontraram sinais de qualquer anomalia e acabaram por regressar aos respectivos serviços. Nessa altura, nem o próprio Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tinha consciência de que o helicóptero estava desaparecido.

19:20-30 /// A NAV garante que “de acordo com o protocolo de actuação”, 30 minutos após o último contacto expectável, a torre de controlo do Porto iniciou o contacto com o Aeródromo de Baltar, os telemóveis da tripulação, o Heliporto de Macedo, a PSP de Valongo e os Comandos Distritais de Operações de Socorro do Porto, Braga e Vila Real que “não atenderam”. – Informação contrariada pelos 3 Centros Distritais da ANPC

19:34 /// GNR chega ao local mas não viram nada nem ninguém. Estava muito escuro e chovia. Perante isto, a GNR ligou à pessoa que teria feito a denúncia e este respondeu que quando ligou ao 112 lhe disseram que não havia nenhum helicóptero do INEM a operar na zona.

Ao que o Observador apurou, a certa altura estão PSP e GNR no terreno a tentar procurar alguma coisa. E mantêm-se ambas naquela zona até à chegada dos bombeiros. Os bombeiros não foram chamados por nenhuma das duas forças, uma vez que nada encontraram no terreno que o justificasse.

O Observador contactou os porta-vozes do Comando Geral da GNR e da PSP que recusaram prestar qualquer esclarecimento. “Foi aberto um inquérito pelo ministro da Administração Interna”, recordaram, para justificar o silêncio que se impôs após se começarem a revelar várias contradições entre os intervenientes na operação de socorro. Também aqui estas informações não são claras. É que, segundo o Comandante Distrital de Operações de Socorro do Porto, que coordenou as investigações, os bombeiros de Valongo foram os primeiros a chegar ao local — contrariando a versão de que a PSP e a GNR lá tivessem estado antes. Fonte

19:40 // Segundo a NAV, às 19h40 foi avisada a Força Aérea Portuguesa, “que é quem activa a busca e salvamento”, 20 minutos depois de terem sido contactados os CDOS.

Em declarações à Lusa, Marco Martins, presidente da Comissão Distrital do Porto da Protecção Civil, disse ser “falsa” a informação dada pela NAV de que o CDOS do Porto apenas “atendeu” uma chamada sobre o acidente quando a mesma foi “reencaminhada pelo CDOS de Coimbra”.

“A chamada chegou ao CDOS do Porto pelo CNOS [Comando Nacional de Operações de Socorro], às 20h15, tendo de imediato sido accionados os bombeiros de Valongo. O alerta chegou ao CNOS às 20h09, pelo departamento de monitorização de radares da Força Aérea. Quanto ao que diz a NAV, é estranho, até porque há uma linha directa da torre de controlo do Aeroporto do Porto para o CDOS do Porto e a mesma não foi accionada”, afirmou. Fonte

20:09 /// A Força Aérea alertou a Proteção Civil – Informação contrariada pelo o comandante das operações no terreno, Carlos Alves, que garantiu que a Proteção Civil só tomou conhecimento do que se passava às 20h15, graças a uma chamada de um civil que os levou para o terreno. Fonte

  • Contradição. Afinal foi um civil ou o CNOS??

20:15 // CDOS do Porto recebe uma chamada do CNOS [Comando Nacional de Operações de Socorro] tendo de imediato sido accionados os bombeiros de Valongo.

  • Factos a reter:
    • Distância entre a Igreja de Santa Justa e o ponto mais elevado da Serra de Santa Justa: 700 METROS – Ver imagem google maps:
    • 700metros

20:24 /// Segundo o Público: “O adjunto de comando Alexandre Penha, da ANPC, realça que a “entrada de informação ao 112 não implica que a informação seja remetida à Protecção Civil” e lembra que uma informação similar só chegou àquela autoridade pelas 20h24, altura em que uma chamada de um popular permitiu localizar a queda da aeronave junto à aldeia de Couce. “Só aí foi possível accionar os meios de busca”

20:35 /// Acionado os bombeiros de Valongo, “tendo-se dirigido imediatamente ao local juntamente com 22 elementos do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR e 30 membros do INEM” Fonte TSF

  • Factos a reter:
    • Distância bombeiros Valongo – Igreja de Santa Justa: 2.3 Km – 7 MINUTOS pelo melhor caminho (PARA UM CIVIL)!!!
    • Considerando que estes se bombeiros se PERDIAM, e que tinham andado às voltas, demorando mais do dobro, 20min, no máximo, às 21:00 estariam no local a bater o terreno, à procura dos sobreviventes!!!
    • 3 outros Corpos de Bombeiros encontram-se a menos de 15KM do local.
      • São Pedro da Cova – 5 km
      • Gondomar – 9 km
      • Rebordosa – 13 km
      • Baltar – 15km
    • Ver planeamento viagem google maps:

dist bombeiros3

21:35 /// Segundo o Observador a Força Aérea comunicou que, o EH-101 de busca e salvamento só saiu da base área n.º 6, no Montijo, quase uma hora depois de activado.

  • Factos a reter:
    • Veiculo de resgate da FAP, por coincidência, é do mesmo construtor “AugustaWestland”, mod. AW101 (EH101) Merlin
      • Velocidade cruzeiro máxima: 309kmh
      • Peso a Vazio: 2100kg /max: 3175 kg
      • Capacidade de combustivel 1018lbs – 460kg – No momento da queda, estava com pouco combustivel e ia abastecer a 10km.
    • Segundo a FAP: “Foi um problema detetado durante o processo de preparação do voo e o avião não podia operar como estava”, explica o tenente-coronel Manuel Costa.”
    • A tripulação teve de sair daquele aparelho e ir buscar um outro que estava de reserva. Foi, então, preciso retirar esse outro EH-101 do hangar, cumprir todos os procedimentos para confirmar a operacionalidade do meio de socorro (como abastecer a aeronave com o combustível considerado necessário ou contar os kits de emergência médica a bordo, por exemplo), e levá-lo de novo para a pista. Com isso, acabou por passar quase uma hora.
    • “Temos sempre, por norma, um outro aparelho de reserva, mas demora mais tempo a ativar”, explica o tenente coronel Manuel Costa.
  • Suposição
    • Tempo que demoraria até ao local do acidente: 1h mínimo (com o atraso, conseguiria chegar cerca das 23:00. Sem o atraso, 22:00)
    • Sendo que terá chegado pelo menos às 23:00, poderá ter ajudado a ANPC a fazer buscas (considerando que só à 1h30m é que foi encontrado o Helicóptero acidentado)

20:39 /// Segundo o DN – Informada por SMS a tutela, presidencia, Estrutura Operacional, e Divisão de Comunicação e Sensibilização

22:30 /// O CDOS [Comando Distrital de Operações de Socorro] do Porto pediu a sua viatura de comunicações e comando” e que “o senhor CODIS [Comandante Operacional Distrital de Socorro] do Porto só chegou às 23h00 ao local das operações”, altura em que “a operação já ia a mais de 90%”

  • Factos a reter:
    • Desde as 21:00 (duração 1h e 30minutos), pelo menos 122 meios humanos estavam no terreno
      • 70 Bombeiros de Valongo
      • 22 elementos do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR
      • 30 membros do INEM
    • 700 metros da Igreja até ao topo da serra e ainda não tinham sido localizado os destroços (só seriam passado mais 3 horas e meia).

22:25 /// Segundo o DN – CDOS solicita codigo do rádio SIRESP a bordo do Helicóptero.

22:58 /// Segundo o DN – São recebidas pelo CODIS (ANPC) e RCC (FAP) as coordenadas de georeferenciação do rádio SIRESP a bordo do Helicóptero.

23:44 /// Segundo o DN – CODIS Comandante Distrital chega ao Teatro de Operações.


Domingo, 16 Dezembro de 2018

0:14 /// Segundo o DN – RCC (FAP) informa que o Heli de Busca e Resgate (EH101) não pode operar devido às condições meteorologicas. Tentará novamente à 1:00.

0:32 /// Segundo o DN – Reporte via rádio SIRESP que foram encontrados destroços da aeronave

1:29 /// ANPC declara que encontrou o local do acidente e os corpos da tripulação sem vida.

  • Suposições:
    • Onde está a interligação do SIRESP Bombeiros com SIRESP PSP e SIRESP GNR, sendo que GNR e PSP tiveram na serra 6 horas antes da descoberta do helicóptero acidentado, sendo que os populares tinham prestado essa mesma indicação.
      • Estaria o SIRESP a funcionar???
      • Porque não só não pediram mais meios, mas ainda desistiram das buscas? Haveria meios suficientes nos postos da GNR e PSP??? Ou viaturas disponíveis??
    • Quando começou a busca e salvamento “oficial” da ANPC, porque não foram chamados novamente os elementos da PSP e GNR que já tinham iniciado uma investigação inicial na Serra de Santa Justa (com topo de somente 1km), e que tinham recebido indicações dos civis, mas entretanto interrompido por falta de confirmação.
    • GNR, PSP estiveram na Serra de Santa Justa às 19:15 (suposição 25min) até 19:40 tendo descido a Serra por nada encontrarem na primeira operação de busca.
    • 1 hora após a primeira busca, cerca das 20:40 regressariam à Serra, GNR, PSP, Bombeiros de Valongo, INEM, GIPS, agora comandados pela ANPC, para iniciar buscas, num total de 70 bombeiros, 22 GIPS e 30 INEMS.
      • 122 profissionais do resgate, para 700 METROS.
    • 50 minutos após a primeira busca, (22:30) o CDOS pede uma viatura de comunicações e comando para a Serra de Santa Justa
    • 1 hora e 30 após a primeira busca, o Comandante Operacional Distrital de Socorro, chega ao local, quando as operações vão a 90%
      • Operação a 90% de quê?
      • Da área coberta pelas buscas?
      • De onde todas as antenas estão numa recta de terra batida, de menos de 700 metros??
      • De uma área de buscas inferior a 3km quadrados (700m de secção com antenas, por 2km de “queda” – após bater nas antenas, como vinha do Porto, os destroços terão caido após as antenas, apontando para o local)
        • Mas que a ANPC considerou a Serra toda como área de busca, quantificando oficialmente em 25km quadrados, quase 10x superior.
      • COMO é possível ser operação a 90% quando a descoberta só ocorre às 1:30? 5 HORAS APÓS O INICIO DA BUSCA E SALVAMENTO TER INICIADO OFICIALMENTE PELA ANPC??? CINCO HORAS!!!
      • COMO é possível mais de 100 meios humanos, não terem-se deslocado ao longo dos 700 METROS de antenas, encontrado os destroços iniciais do embate, e começado a descer seguindo a direcção dos mesmos, até encontrar a aeronave?!?!?
      • SERÁ POSSÍVEL, os mais de 100 meios, terem ficado a aguardar ORDENS?!?!?!?!
    • COMO É POSSÍVEL, 122 profissionais do resgate (no local desde as 20:30), provavelmente às 0:32, hora que foram encontrados primeiros destroços do embate inicial, em já seriam mais que 122 os meios humanos, demorarem uns INCOMPREENSÍVEIS 57 MINUTOS ADICIONAIS a localizar a aeronave e os corpos. Terão aguardado ordens adicionais para alargar a área de buscas?

12:00 /// Ministro da Administração Interna ordena Inquérito.

13:00 Segundo informação do Jornal I: “Dois dos quatro tripulantes do helicóptero do INEM que se despenhou ao final da tarde deste sábado, em Valongo, foram encontrados fora do aparelho, enquanto os outros dois se encontram dentro de aeronave, ambos encarcerados, conforme apurou o i no local já esta manhã de domingo”

  • Factos a reter:
    • Temperatura mimina média entre 15 e 16 de Dezembro 2018, para o Porto, estava nos 10ºC Fonte
    • Pulviosidade média entre 15 e 16 de Dezembro 2018, para o Porto, estava nos 65mm (elevada).
    • A hipotermia causada por temperaturas de 10ºC de àgua em contacto com o corpo, pode causar morte em 1 hora.
    • Sistemas de retenção (cintos) do helicoptero em questão, tal como nos aviões comerciais, é construído com o objectivo de manter o corpo preso ao banco numa situação de elevadas forças G (foi o caso).
    • Os sistemas de retenção têm 4 pontos de apoio, sendo muito pouco provável, os corpos serem projectados – Contrariando a informação posterior do INEM, que todos os ocupantes morreram no impacto – Se morreram no impacto, como foram encontrados FORA da aeronave?
    • A disposição dos bancos, demonstra que o Médico e Enfermeira tiveram mais protecção durante a queda pela posição dentro da aeronave, mais reforçada e com menos área de janela (ver imagems abaixo)
    • A grande canópia para visibilidade melhor, na frente do Helicoptero, significa que o embate com as árvores terá sido fatal para os pilotos. Pouca estrutura para absorver a força do impacto.
    • Imagens de ambulancias aero-transportadas, certificadas do Reino Unido (a empresa que fornece os Helis do INEM é igualmente do Reino Unido) http://www.airlift-doa.com/ems/ :

  • Suposições:
    • As condições do embate podem suportar a tese que os 2 tripulantes tenham saído do Helicóptero ainda com vida, esperando pelo resgate que só apareceria 6h30m mais tarde:
      • 1) O embate com a  antena sucedeu a >50m de altura do solo (conforme danos encontrados na antena)
      • 2) O Helicóptero voava a baixa velocidade (tinha levantado voo há 5min e iria aterrar em menos de 5, tendo apanhado condições metereológicas adversas).
      • 3) Todos os tripulantes usavam dispositivos de retenção
      • 4) As árvores apararam a queda do Helicoptero
      • 5) Devido à pouca quantidade de combustível, comprovado pelas fotos do local do acidente, não houve incêndio.
      • 6) O Peso total da aeronave, ao momento da queda, 4 ocupantes, equipamentos, e combustível (sendo que ia abastecer), não deveria exceder muito o de um veiculo automóvel (2500kg).
  • Após os relatórios dos investigadores GPIAA (quarta, 19/12), sabe-se que após o embate com a antena e cabos, o helicóptero caiu “numa trajectória balística rotativa lenta”, a 384metros após o impacto, calculando, percebemos que desceu a uma inclinação média de 15%.
    • Supondo que os dois tripulantes, muito provavelmente o Médico e a Enfermeira, sobreviveram à queda e conseguiram-se afastar do Helicóptero pelo risco de incêndio (pratica recomendada em qualquer acidente grave com veiculos com probabilidade de se incêndiarem), as suas probabilidades de sobrevivência foram reduzidas pelos seguintes factores:
      • Lesões nos membros superiores e inferiores, lacerações, contusões graves, hemorragias internas e externas.
      • Choque traumático
      • Hipotermia (estavam condições adversas, chuva, vento), ficando completamente molhados sem possibilidade de se aquecerem, a temperaturas de 10ºC, só sobreviveriam 1h.
      • Os meios de socorro demorariam 6h30m a chegar à aeronave acidentada, apesar de, às 19:40, menos de 1 hora após o acidente, que pelos relatos de civis, terá ocorrido minutos antes das 19:00, terem andado a 700metros agentes da GNR e PSP, que abandonaram a área após não terem recebido mais indicações nem encontrado evidências.

Informações dos investigadores do GPIAAF (fonte DN):

As condições atmosféricas locais eram caracterizadas por um tetos baixos, reportados entre os 300 e os 500 pés, com uma visibilidade horizontal de apenas 1500m. O vento do quadrante Sul (190˚) com cerca de 20 nós. O piloto, conforme procedimento do operador, antes de descolar, contactou o mecânico localizado na sua base de Macedo de Cavaleiros, declarando intenção de iniciar o voo dentro de alguns minutos, depois das condições meteorológicas melhorarem“, lê-se no documento do GPIAAF.

O piloto informou também “o prestador de serviço de tráfego aéreo do Porto que, caso as condições meteorológicas em Baltar não permitissem a aterragem, regressaria à cidade do Porto”. Mas, como se sabe, não chegou sequer a Baltar. Numa rota direta, o helicóptero subiu até aos 1300 pés. “Às 18:40, o helicóptero colide com uma torre de transmissão rádio, localizada na serra de Santa Justa, Valongo”, referem os investigadores.

“Após a colisão das pás do rotor principal com o mastro da antena e nas espias superiores, a cabine do helicóptero colidiu ainda com outras duas espias de travamento da torre”. Já em desintegração de painéis, “a aeronave descreveu então uma trajetória balística em rotação lenta sobre o seu eixo longitudinal pela esquerda, vindo a imobilizar-se no terreno a 384 metros após o impacto inicial com o mastro da antena”.

 

 

 

 

 

22:15 /// INEM informou que “o helicóptero de Macedo de Cavaleiros retomará a sua atividade normal” na manhã de segunda-feira. “Num esforço conjunto entre o INEM e a empresa que fornece o serviço de helitransporte ao Instituto, será possível substituir a aeronave ontem acidentada na Serra de Santa Justa, e assegurar a respetiva tripulação (médico, enfermeiro e pilotos)” Fonte TSF

Terça, 18 Dezembro 2018

INEM alertou que tinha identificado furtos de peças do helicoptero em Valongo, à venda no OLX, mas que só após os funerais iria agir. Fonte TSF

OLX desmente INEM – “A imagem que foi divulgada nas redes sociais foi editada e manipulada. O anúncio nunca esteve ativo na plataforma”, após o qual, outra fonte do INEM refere que não vai comentar o caso porque a prioridade da instituição é recuperar a equipa da tragédia. Fonte TSF

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